O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo negou os dois mandados de segurança do Ministério Público que pediam uma liminar para que o deputado eleito Tiririca fosse submetido a novas provas para mostrar que sabe ler e escrever.
Leio na Folha esta matéria sobre o personagem que mais votos arrebanhou - e a palavra é esta mesmo - nas eleições de outubro. Reinaldo Azevedo, ao discorrer sobre a principal função da escola, diz ser igualar as condições de competição dos estudantes, propiciar de uma formação mínima, o que não acontece no Brasil. O TRE de São Paulo considera que com menos de 30% de acertos, Tiririca passou no teste de alfabetização, portanto esta apto a legislar. Mas Tiririca não tem a menor formação.
Que país é este? É isto o que queremos? Temos um incompetente à frente do MEC, com muita chance - segundo a imprenssa - de continuar titular do Ministério da Educação e da Cultura. Assim, os estudantes com menor condição social continuarão a ter bolsas do chamado Pró-Uni, frequentando verdadeiras arapucas, que, por menores custos, geralmente oferecem cursos na área de humanas; os "cotistas", esses que não tem mérito para competir em vestibulares, serão, salvo honrosas exceções, os últimos das suas turmas. Aqueles que ainda vem, já não precisam mais passar nos exames - se é que ainda existem - pois todos passam de ano.
Estamos formando legiões de tiriricas!
Lembro uma frase que meu pai costumava citar: "Se toda educação emana um futuro, todo futuro emana da educação". Não era esta a educação a que ele se referia, é lógico.
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