A “instituição”, substantivo em nome do qual Lula DEVERIA FALAR, se chama “Presidência da República”, o cimo do Executivo, um dos Poderes da República (no caso do Brasil, uma tríade garante a unidade política) regulados pela Constituição, por leis complementares e códigos que organizam a vida em sociedade.
Embora o chefe do Executivo seja eleito pela maioria dos votantes, a sua função institucional é governar a todos sem distinção, mesmo àqueles que lhe recusaram seu voto. A República faz a devida distinção entre o chefe de um partido e o chefe de um governo. Assim, é descabido, inaceitável, absurdo, que um presidente da República, ainda que evocando a sua condição de simples militante partidário, se refira ao candidato da oposição como “aquele do contra”, que “torce o nariz para as conquistas do povo brasileiro” — , especialmente quando, como no caso do presidencialismo brasileiro, esse líder também é chefe de estado. Essa é a fala de um chicaneiro, não a de um chefe máximo de um Poder.
Ainda mais sério: um presidente da República jura cumprir a Constituição no curso de seu mandato. Os petistas de Lula agrediram essa Constituição. Em seu discurso, ele os protege e ataca as vítimas: ignora o crime e fala em “falsidades e mentiras”, como se tudo não passasse de uma grande farsa. É a isso que Dilma chama fala “institucional”? A observação só prova que, sozinha, ela é mesmo uma sem-jeito. Se eleita, a disputa de foice no escuro entre PMDB e PT vai ser pela tutela do governo e da presidente. E, nessa hipótese, torçamos para que Deus esteja conosco — porque todo o resto estaria contra nós.
Não! Dilma não sabe o que quer dizer a palavra “institucional”. Tio Rei explica para ela. Isso Lula não pode lhe “transferir”. Tampouco pode falar em lugar dela."
Esta foi a nota do Reinaldo Azevedo. Faço uma correção: Lula também não sabe o que quer dizer a palavra "institucional"; e a imensa maioria dos eleitores petistas!
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