Os males da liberdade se corrigem com mais liberdade!

I should have loved freedom, I believe, at all times, but in the time in which we live I am ready to worship it.
- Democracy in America - Volume 2, Alexis de Tocqueville - Sever and Francis, 1864

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ereni6 controla Correios

Caso Erenice: ministra controla direção dos Correios

Gerson Camarotti, Martha Beck e Evandro Éboli, O Globo

A forte atuação da chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, nos últimos meses, para mudar o comando dos Correios - o que ocorreu no final de julho - virou motivo de grande desconforto e preocupação no Palácio do Planalto.

Já há o reconhecimento de que Erenice operou, não só para efetuar mudanças na estatal, como, na prática, passou a controlar os Correios.

A empresa está subordinada ao ministro das Comunicações, José Artur Filardi. No entanto, hoje Erenice tem ascendência direta sobre os dois principais cargos da estatal: o presidente David José de Matos e o diretor de Operações, o coronel Artur Rodrigues Silva. Os dois são indicações pessoais da ministra.

Ontem, interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentavam que, na ocasião, o núcleo do Palácio do Planalto se surpreendeu com a forma decisiva com que Erenice agiu para realizar as substituições na empresa.

Com a acusação de que um filho de Erenice praticou lobby no governo em favor de uma prestadora de serviços dos Correios, novas dúvidas surgiram ontem no Planalto - incluindo a razão que a ministra teve para agilizar as mudanças na estatal.

A decisão de mudar a diretoria do órgão foi tomada na última semana de julho pelo presidente Lula, com o objetivo de estancar uma crise de gerenciamento na empresa.

Na ocasião, Lula seguiu a recomendação de Erenice. Ela apresentou um diagnóstico da crise de gestão dos Correios, que já resultava em atraso na entrega de correspondências.

Um dos principais pontos do relatório apontava atraso na licitação de cerca de 1.400 franquias, cujos contratos vencem em novembro. Havia risco de um "apagão postal", alegava-se na época.

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