O PT e as estatais
RODRIGO CONSTANTINO *
O PT sempre se colocou publicamente contrário às privatizações. Participou ativamente de manifestações - algumas violentas -, contra as principais vendas de estatais durante os governos Collor e FHC. Em campanha contra Serra, os petistas usam novamente a tática de “acusar” os tucanos de privatistas. Agora que o PT é governo por oito anos, sabemos os verdadeiros motivadores desta postura retrógrada. Os petistas aprovam a privatização das estatais, mas uma privatização diferente: a apropriação partidária das empresas.
A privatização da Vale, estrondoso sucesso por qualquer ângulo analisado, representa um caso que os petistas nunca digeriram direito. Compreendem-se os motivos: que teta gigantesca eles perderam! E, segundo declarou o próprio presidente da empresa, Roger Agnelli, os petistas não desistiram de recuperá-la: “Tem muita gente procurando cadeira, essa é a realidade. E normalmente é a turma do PT”. Qual a novidade? Os petistas adoram as estatais.
Enquanto isso, hoje está estampado na capa do jornal Valor Econômico: "'Novas' estatais já têm R$ 24 bi". O governo federal criou novas estatais e até ressuscitou antigas, como a holding Telebrás, aportando dinheiro dos “contribuintes” nelas. As cartas e encomendas chegam atrasadas pelos Correios, mas os petistas têm fome: precisam de novas tetas para mamar. Erenice Guerra e seus familiares perderam seus empregos, mas e os demais petistas e seus apaniguados? Não podem ficar sem emprego! E as estatais, para essa turma, sempre representaram exatamente isso: fonte de empreguismo e fisiologismo.
Agora todos sabem por que os petistas são contra a privatização.
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