Cristina Kirchner quer prender donos de jornais
Foto: / AFP
Janaína Figueiredo, O Globo
O governo da presidente argentina Cristina Kirchner apresentará denúncia nos tribunais de La Plata (capital da província de Buenos Aires) contra os jornais "Clarín" e "La Nación", acusados pela Casa Rosada de cumplicidade no sequestro e em torturas sofridas por membros da família Graiver que, em novembro de 1976, venderam a empresa Papel Prensa aos diários.
Segundo o jornal "Perfil", a denúncia inclui o pedido de "imediata detenção" de Hernestina Herrera de Noble, dona do grupo Clarín; Héctor Magnetto, principal acionista do grupo; e Bartolomé Mitre, diretor do "La Nación".
O objetivo do ex-presidente Néstor Kirchner é que os donos dos jornais sejam condenados pela suposta compra irregular da Papel Prensa, empresa que atualmente abastece 75% do mercado de papel.
O governo Kirchner sustenta que os proprietários dos diários foram cúmplices da perseguição à família Graiver, uma versão que é respaldada por Lidia Papaleo de Graiver, viúva de David Graiver, herdeiro da Papel Prensa, que faleceu num misterioso acidente de avião em 1976.
Segundo o "Perfil", os donos do "Clarín" e do "La Nación" também serão denunciados por participação no sequestro e assassinato de Jorge Rubinstein, advogado de Graiver.
Neste caso, informou o jornal, o governo acusará os empresários de homicídio.
Leia mais em Governo argentino acusa proprietários de 'Clarín' e 'La Nación' de homicídio e quer donos presos
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